« só quando ela se for embora é que vais perceber que deixas-te o amor da tua vida ir, fugir como areia, por entre os dedos. porque ela se fartou? talvez. ela esperava até às cinco da manhã por algum sinal de ti. ela procurava uma simples e eficaz maneira de te dizer o que sentia. de te dizer o que significavas para ela. viraste a vida dela de pernas para o ar. fizeste-a sonhar tão alto e depois, depois fizeste-a cair. não tinhas esse direito. e depois querias que ela continuasse atrás de ti, querias o amor dela, sem a intenção de a amares. e quando ela mais te queria, menos te davas. só te davas inteiramente quando pretendias algo dela. ela sorria, mas tinha lágrimas nos olhos e vontade de chorar. ela podia viver sem ti, mas sem ti não teria razão para viver. e depois de ela se preparar para sair de vez, imploraste-lhe que ficasse, que começassem tudo do zero. mas ela já te conhecia tão bem que sabia que iam voltar ao mesmo, e ela foi-se. e aí percebes-te que deixas-te o amor da tua vida ir, fugir como areia, por entre os dedos. »
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