20110518

és muito disso*

Uma nova esperança entrou, à algum tempo, na minha vida. Um novo começo do qual já estava à espera à uma eternidade. Uma nova oportunidade de mostrar a mim mesma que nada tinha acabado. Uma nova pessoa. Não sei realmente o que me deu, pois nunca confiara assim em algo que me acabara de cair nas mãos. Quis duvidar, mas nem isso conseguia, apenas tudo me parecia perfeito, como se já a conhecesse à imenso tempo. Tinha-me ajudado em momentos anteriores, momentos esses em que ele me disse exactamente o que precisava de ouvir. E por vezes fez-lo, mesmo sem o meu conhecimento. Pensava que era de vez, que finalmente tinha chegado a minha chance. Um sonho encheu-me o peito e levou o resto. Dei por mim a sorrir novamente, meu deus, como tinha saudades de o fazer... Possível ou não, eu gostava e deixei-me levar por todos os sentimentos que me iam preenchendo as falhas que à muito existiam. Cuidava de mim sem nada pedir em troca, nunca tivera que fingir ser outra pessoa perante ele e nunca me julgou de nada. Tudo o que eu pedira e sempre quis chegou sem aviso. Mesmo diante de mim. E eu gostava. Mas como em todas as histórias há um fim, uma injustiça tal que nem eu própria consigo entender ou aceitar. Chegou a um ponto em que eu não pude fazer nada a não ser acreditar que tudo era verdadeiro, que tudo permanecera igual, que tudo continuasse real tal como eu sempre desejei. Ainda penso dessa maneira, por vezes. Apesar de tudo, cresceu algo maior que o ódio que nos rodeava, algo bom e único. Algo que ninguém poderá tocar ou mudar. Mas não deixarei de lutar, até de novo a essa pessoa conseguir chegar.




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