Às dez horas já me encontrava à porta de casa dela e não esperei para tocar à campainha. Foi a mãe dela que veio à porta, a Carolina ainda dormia e eu tive cartão livre para ir vê-la ao quarto. Subi as escadas rapidamente e quando cheguei ao quarto abri a porta lentamente e fechei-a por trás de mim do mesmo modo. Mal entrei deparei-me com ela, tapada pelos cobertores até à cabeça e só com algumas madeixas de cabelo de fora. Sorri e dirigi-me a ela, decidi sentar-me no chão, ao lado da cama à espera que ela acabasse por acordar. Passaram cinco minutos e eu já não aguentava estar ali sem fazer nada, procurei por todo o quarto e mal vi o comando da TV levantei-me para o ir buscar, como era de manhã estavam a dar desenhos animados, deixei ficar nesse canal e sentei-me no mesmo sítio onde estava.
Eram dez e meia quando a Dona Carmo veio ao quarto dizer que ia ao super mercado comprar alguma coisa para o pequeno almoço, acenei com a cabeça e ela piscou-me o olho em forma de resposta. Eu permaneci ali à espera, muito concentrado em não me rir com o que se passava na televisão. A Carolina já tinha andado às voltas imensas vezes mas sem acordar, perguntei-me à quanto tempo é que ela já não tinha uma noite de descanso total. De repente, ouvi a agitação dos lençóis e uma voz que começara a chamar por mim, no momento em que me ia a levantar para ela ver que eu estava ali ao lado dela, senti as pernas da Carolina a baterem-me na cabeça quando esta se tentou levantar. Tropeçou em mim e caímos os dois no chão.
G.:'Bom dia para ti também!' - ela gargalhou alto.
C.:'Desculpa Gonçalo, estás bem?'
Ela estava perfeita ao olhar para mim daquele jeito. O cabelo despenteado a tentar ser domado por um puxo, os olhos ainda cheios de sono e aquele sorriso estampado na cara dela. Fez-me sentir ainda mais próximo e esqueci-me completamente do que ela me tinha acabado de perguntar.
G.:'O que é que tu andas a fazer comigo?'
Ela estava perfeita ao olhar para mim daquele jeito. O cabelo despenteado a tentar ser domado por um puxo, os olhos ainda cheios de sono e aquele sorriso estampado na cara dela. Fez-me sentir ainda mais próximo e esqueci-me completamente do que ela me tinha acabado de perguntar.
G.:'O que é que tu andas a fazer comigo?'
C.:'Desculpa, acho que acordei um bocado sobressaltada...'
G.:'Sabes bem que não me estava a referir a isso.' - ela rapidamente corou.
Éramos só nós naquele momento e ninguém se mexia, nem sei o que haveria de fazer, é melhor afastá-la. Dei-lhe um empurrãozinho e ela percebeu que tinha que se levantar, quando o fez ajudou-me a fazer o mesmo. Definitivamente estava com melhor cara que no dia anterior e já consegui mais uma vez fazê-la rir-se, o dia estava a correr bem.
C.:'Bem, vou tomar um duche, ficas aí entretido?'
G.:'Claro, vejo-te daqui a bocado.' - pisquei-lhe o olho.
Quando ela se fechou na casa de banho ouviu-se logo a seguir a água a correr, decidi fazer-lhe a cama e depois sentei-me nela a ver televisão, era a única coisa que podia fazer. Ou não? A Carolina estava no banho, tão perto de mim e só de pensar nisso fazia com que desejasse estar ali dentro, com ela. Eu desejo-a? Sim. A água ainda continuava a correr e a minha vontade a aumentar, levantei-me da cama e fui até à janela tentar pensar noutra coisa. Todas as tentativas fracassaram, estávamos apenas os dois. Decidi ir até à porta da casa de banho e agarrei a maçaneta, ao rodá-la fez-me perceber que estava destrancada. Abri a porta devagar e pude reparar que a Carolina ainda estava no banho e não deu pela minha presença, tudo o que nos separava era uma cortina. Era demasiado bom para isto estar a acontecer.
G.:'Carolina?'
C.:'Gonçalo?! Que estás aqui a fazer na casa de banho?!'
G.:'Hmm, queria ver-te.'
Depois de um silêncio que para mim demorou eternidades, uma voz por trás da cortina cortou-o.
C.:'Sabes o quão louco estás a parecer?'
G.:'Por ti?'
C.:'Gonçalo, espera lá fora.'
Saí imediatamente e fechei a porta atrás de mim, talvez com mais força do que aquilo que eu pretendia. O que é que eu acabei de fazer? Vai ficar constrangedor. Depois de ela sair não falámos um com o outro, dirigi-mo-nos para baixo para comer o pequeno almoço e mais tarde o almoço com a sua mãe.
M.:'O Gonçalo já te disse o que ficou combinado?'
C.:'Hmm, não.' - notava-se o desconforto.
M.:'Enquanto eu estiver fora para trabalhar vais poder estar com ele, todos os dias se desejarem.'
C.:'A sério? Que bom.' - nenhum interesse foi detectado na voz.
A mãe dela sorriu-lhe e ela continuou a comer tal e qual como eu. Quando acabamos de arrumar a cozinha mete-mo-nos no carro e fomos em direcção ao hospital. Tenho a dizer que estava a ficar um pouco nervoso.
O tio dela estava a dormir e vinha uma enfermeira ao quarto de três em três horas vigiar o estado dele. A Carolina, mal chegou ao quarto, deu-lhe um beijo na bochecha e sentou-se numa cadeira almofadada ao lado da cama. Fiquei terrivelmente impressionado e só esperava que ninguém tivesse reparado. O tio dela, o Carlos, encontrava-se num estado que a mim me custa a descrever, da última vez que o vi ela era um homem forte e dedicado à vida, o homem que acabara de ver não tinha comparações possíveis.
G.:'Sabes bem que não me estava a referir a isso.' - ela rapidamente corou.
Éramos só nós naquele momento e ninguém se mexia, nem sei o que haveria de fazer, é melhor afastá-la. Dei-lhe um empurrãozinho e ela percebeu que tinha que se levantar, quando o fez ajudou-me a fazer o mesmo. Definitivamente estava com melhor cara que no dia anterior e já consegui mais uma vez fazê-la rir-se, o dia estava a correr bem.
C.:'Bem, vou tomar um duche, ficas aí entretido?'
G.:'Claro, vejo-te daqui a bocado.' - pisquei-lhe o olho.
Quando ela se fechou na casa de banho ouviu-se logo a seguir a água a correr, decidi fazer-lhe a cama e depois sentei-me nela a ver televisão, era a única coisa que podia fazer. Ou não? A Carolina estava no banho, tão perto de mim e só de pensar nisso fazia com que desejasse estar ali dentro, com ela. Eu desejo-a? Sim. A água ainda continuava a correr e a minha vontade a aumentar, levantei-me da cama e fui até à janela tentar pensar noutra coisa. Todas as tentativas fracassaram, estávamos apenas os dois. Decidi ir até à porta da casa de banho e agarrei a maçaneta, ao rodá-la fez-me perceber que estava destrancada. Abri a porta devagar e pude reparar que a Carolina ainda estava no banho e não deu pela minha presença, tudo o que nos separava era uma cortina. Era demasiado bom para isto estar a acontecer.
G.:'Carolina?'
C.:'Gonçalo?! Que estás aqui a fazer na casa de banho?!'
G.:'Hmm, queria ver-te.'
Depois de um silêncio que para mim demorou eternidades, uma voz por trás da cortina cortou-o.
C.:'Sabes o quão louco estás a parecer?'
G.:'Por ti?'
C.:'Gonçalo, espera lá fora.'
Saí imediatamente e fechei a porta atrás de mim, talvez com mais força do que aquilo que eu pretendia. O que é que eu acabei de fazer? Vai ficar constrangedor. Depois de ela sair não falámos um com o outro, dirigi-mo-nos para baixo para comer o pequeno almoço e mais tarde o almoço com a sua mãe.
M.:'O Gonçalo já te disse o que ficou combinado?'
C.:'Hmm, não.' - notava-se o desconforto.
M.:'Enquanto eu estiver fora para trabalhar vais poder estar com ele, todos os dias se desejarem.'
C.:'A sério? Que bom.' - nenhum interesse foi detectado na voz.
A mãe dela sorriu-lhe e ela continuou a comer tal e qual como eu. Quando acabamos de arrumar a cozinha mete-mo-nos no carro e fomos em direcção ao hospital. Tenho a dizer que estava a ficar um pouco nervoso.
O tio dela estava a dormir e vinha uma enfermeira ao quarto de três em três horas vigiar o estado dele. A Carolina, mal chegou ao quarto, deu-lhe um beijo na bochecha e sentou-se numa cadeira almofadada ao lado da cama. Fiquei terrivelmente impressionado e só esperava que ninguém tivesse reparado. O tio dela, o Carlos, encontrava-se num estado que a mim me custa a descrever, da última vez que o vi ela era um homem forte e dedicado à vida, o homem que acabara de ver não tinha comparações possíveis.
yaaaaaaaaaay!
ResponderEliminaradoro mesmo isto, inexplicavelmente adorando ;)