isto é um texto só nosso entre tantas outras coisas que já partilhamos também. um texto que tu mesmo me pedis-te para fazer à imenso tempo atrás. pois eu lembro-me de ti, de mim e de nós. algo que não existe, algo que nunca chegara a nascer. imagino e pergunto-me como teriam corrido as coisas se eu tomasse outras decisões no passado. ter ficado contigo sem arrependimentos, sem ilusões. eu sentia-me bem, tornavas-me especial à tua maneira única. lembro das pessoas me dizerem da sorte que eu tinha e de uma em especial me dizer que nunca te tinha visto desta maneira. eram só doçuras para o ouvido, nada mais que a verdade devo admitir. naquele tempo era o tudo e o nada que nos unia. eram os tempos em que tudo corria bem até mesmo quando tínhamos as nossas discussões de meia hora porque não aguentávamos estar distanciados um do outro. eu não aguentava. começou pela confusão em mim, a dúvida de não saber o que fazer. como tal iniciei por agarrar-me a certos momentos, pequenos ou não, que a mim fizeram diferença. todos os olhares no corredor quando não nos conhecíamos tão bem, todas as vezes que eu te pedia alguma coisa e tu davas-me, todas as vezes em que eu brincava desajeitadamente e tu sorrias, todas as vezes em que os teus adoro-te significavam mais do que tu realmente transparecias, todas as vezes em que te ‘obrigava’ a olhares-me nos olhos pois eu sabia que te deixava sem jeito, todas as vezes que sorria para ti, no meio de imensa gente, e tu me devolvias o mesmo como se fossemos só nós dois. todas as vezes em que eu te pedia para fazeres um beat só para mim e tu irritavas-me com isso mesmo, todas as vezes em que trocamos de objectos, todas as vezes em que escrevi o teu nome em algo meu e vice-versa, todas as vezes em que demos um abraço e tu me dizias juras que nunca me vais esquecer? ou então nunca te vou deixar, todas as vezes em que tu me beijavas a testa quando te despedias, todas as vezes que tu me irritavas e ficavas preocupado comigo. todas as vezes em que a tua vergonha tomava conta de ti, todas as vezes em que alguém vinha ter comigo e me dizia que tinha de ter paciência contigo ou então que tu nunca tinhas gostado de uma pessoa como de mim, todas as vezes em que me agarravas só por agarrar, todas as vezes em que tiveste ciúmes, todas as vezes em que me fazias sentir bem só com um simples gesto (…) e aquela única vez, única, que tu me deste a mão. até agora não deixou de ter significado e foi a coisa que mais mexeu comigo talvez pela dimensão que teve. podes pensar que eu não fazia ideia destas coisas ou que até mesmo que não me importava, mas talvez fosse por isso, por essa insegurança, que não avançámos. houve tempos em que te tornas-te insubstituível e se não reconheces isso então é porque nunca me conheces-te de todo. tudo isto foi enterrado, apagado e esquecido. por ti, por mim, por nós. algo resta, a nostalgia de saber que eras meu, somente meu. estivemos longe, as ideias mudaram, o tempo é outro e já nada é igual. o rapaz que eu conheci inovou-se e já nem lembra do que é gostar de mim. permaneço imóvel agora à espera de um pedido de desculpa que ambos sabemos porquê e parece demorar eternidades. no final de contas eu era tua, sempre tua, só tua. mas nem eu nem tu o conseguiríamos imaginar.
eu sabia!
ResponderEliminaradorei princesa! *.*
ResponderEliminarI'm evil muahahahha xd
ResponderEliminarde nada :D
ResponderEliminareu espero o mesmo querida :\
e eu bem tento acreditar que sim .
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